quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Deus está vivo?


Às vezes, em momentos de total solidão, tento falar com Deus. Pergunto primeiro se ele existe mesmo; depois, se existe, se pode me ouvir; e se pode me ouvir, se poderia prestar atenção no que eu tenho pra dizer.

Então eu paro e penso: o que eu tenho a dizer? Não sei! Não sei!

Minha cabeça gira. Meu corpo treme. A voz embarga. O pensamento silencia. Sinto uma sudorese abundante me encharcar.

Será que to delirando? Será que não estou buscando o irreal? Será possível que Deus não exista?

Um dia, na última vez em que estive em um desses momentos, uma voz da qual não sei dizer a origem me responde num sussurro: "- sim, Deus existe... porém, mais pertinente seria indagar se ele está vivo."

Mas então eu retruco: - Se ele existe, tem que estar vivo! Como poderia ser diferente?

Então a voz me responde mais uma vez, num sussurro ainda menor, quase imperceptível: "- a questão é saber se ele está vivo em você..."

Um silêncio tumular recaiu sobre mim não sei dizer por quanto tempo...

Falo, grito e só acho silêncio; busco luz e só acho trevas; busco conforto e só acho angústia.

Dialogo com um cadáver, pois dentro de mim Deus está morto.

Eu não tenho o poder de ressuscitar os mortos.

(...)

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Fome come - Palavra Cantada



Gente eu tô ficando impaciente
A minha fome é persistente
Come frio come quente
Come o que vê pela frente
Come a língua come o dente
Qualquer coisa que alimente
A fome come simplesmente
Come tudo no ambiente
Tudo que seja atraente
É uma forma absorvente
Come e nunca é suficiente
Toda fome é tão carente
Come o amor que a gente sente
A fome come eternamente.
No passado e no presente
A fome é sempre descontente

Fome come fome come
Se vem de fora ela devora ela devora ela devora
(qualquer coisa que alimente)
Se for cultura ela tritura ela tritura
Se o que vem é uma cantiga ela mastiga ela mastiga
Ela então nunca discute só deglute só deglute
E se for conversa mole se for mole ela engole
Se faz falta no abdome fome come fome come

Gente eu tô ficando impaciente
A fome sempre é descontente
Toda fome é tão carente
Qualquer coisa que alimente
Come o amor que a gente sente come o amor que a gente sente

- Composição: Sandra Peres e Paulo Tatit/Luiz Tatit

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Caminho


Divisei uma pequena trilha adiante
Segui em frente sem olhar para trás
Era uma passagem estreita e espinhosa
O chão era pedregoso e acidentado
Iniciei a marcha com a certeza de que era o que tinha que ser feito
De onde tirei essa certeza? Nem faço idéia...
Comecei a caminhar sem parar
Nem sei dizer quanto tempo se passou
Até que meus pés começaram a doer
O cansaço se abateu sobre o meu corpo
Parei, respirei fundo, pensei em desistir.
Por que será que iniciei essa caminhada?
Mas, se eu voltasse agora, faria também um longo caminho.
Mas, onde o final dessa trilha? Será que não há um atalho?
Ao redor, só mato fechado; nenhuma outra saída.
Só dá para voltar ou ir em frente
Mas, onde vai dar esse caminho?
.......

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Escrever...


Venho, por mal traçadas linhas, escrever.
Escrever o que? Sei lá. Qualquer coisa! O que vier a cabeça; o que me der vontade. Pode ser um texto meu ou pode ser um texto de outra pessoa, sendo que aí no caso não será escrever, e sim, transcrever. Não importa!
Podem ser coisas bonitas, coisas feias, coisas engraçadas, coisas sem-graça... poderá ser escrito em português castiço ou em português errado.
Ei, você! Se não não gostar do vê, procura outro blog e não enche a paciência! Se gostar, me ajude a construí-lo contribuindo com os seus comentários.

"Transportai um punhado de terra todos os dias e fareis uma montanha." (Confúcio)