terça-feira, 25 de agosto de 2009

Liberdade e livre arbítrio

Ser livre é ter livre arbítrio. É o homem ter autonomia em seus atos. Na sociedade atual esse Direito fundamental é assegurado na constituição federal de 1988 eu seu artigo 5. Porém, o interessante é que o homem não valoriza essa liberdade, e, só quando perde é que consegue entender o quanto é importante e o quanto é necessário na vida de um ser racional. Esse princípio fundamental do homem já foi muito contestado, pois sem opções de escolha você não é livre, e sim “vigiado”. O ser livre é aquele que sabe viver sem se comprometer com coisas supérfluas para seu crescimento intelectual, cultural, religioso. Logo, todas essas características do homem em sociedade é de certa forma exercer liberdade. A sociedade limita a autonomia do ser humano, pois isso serve como um controle de condutas tidas como inadequadas, que pode acontecer de vir a privar-lhe do direito a liberdade, sofrendo as sanções da lei.
Portanto ter liberdade é ter opção de escolhas, ou seja, exercer o livre arbítrio.
O livre arbítrio é uma faculdade indispensável ao ser humano, não nos resta qualquer dúvida, pois sem ele seríamos simples máquina ou robô, sem qualquer responsabilidade dos atos que viéssemos a praticar.
À primeira vista, a liberdade do homem parece muito limitada no círculo de fatalidades que o encerra: necessidades físicas, condições sociais, interesses ou instintos. Mas, considerando a questão mais de perto, vê-se que esta liberdade é sempre suficiente para permitir que o indivíduo quebre este círculo e escape às forças opressoras.
A liberdade e a responsabilidade são correlativas no ser humano e aumentam quanto mais este é esclarecido; é a responsabilidade do homem que faz sua dignidade e a consciência ética.
A liberdade de pensamento e consciência é algo de que não podemos abrir mão. Não vamos deixar que outros pensem por nós ou decidam por nós. Nem vamos fazer isso também em relação aos outros, porque isso vai gerar uma insegurança pela vida a fora.
Liberdade, igualdade e fraternidade. Eis uma fórmula sugerida pela Revolução Francesa que equacionariam bem nossas questões humanas, pois com essa medida seriamos livres sem comprometer a liberdade das outras pessoas.
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terça-feira, 18 de agosto de 2009

Joey

- Joey! Joey!! Jooeeyy!!!

Chamei em altos brados e ele não saía da casinha. “Nossa, lá vem coisa...”, pensei. Fui acender a luz. Quando fui ver, ele estava lá deitado como se estivesse dormindo.

- Joey! Joey!! Jooeeyy!!! – gritei mais uma vez.

Cutuquei ele com o pé, dei-lhe um leve chute nas pernas. Imóvel!
Mas parecia simplesmente dormir. Será que não é apenas um sono profundo?... não, não era... ele morreu... morreu!
Fiquei um tempo em choque. Não tinha espaço pra eu desabar. Tinha que dar a notícia e já pensava como remover aquele corpo grandão dali.
Como dizer o acontecido? Ora, não há outra formar de dizer... e eu disse pra todos: - Joey morreu.
Morte repentina, inexorável. De manhã ele tava bem, brinquei com ele, dei-lhe pão (ele adorava) e me despedi dele e dos outros com a certeza de vê-lo à noite. E eu o vi à noite, só que não estava mais com aquele brilho nos olhos que ele tinha quando eu chegava, não estava alegre e me chamando pra brincar, não estava puxando minha mão com a pata pra eu acariciar o seu tórax (ele adorava)... ele não estava mais lá. Somente uma carcaça que o serviu enquanto era vivo, mas que naquele momento estava vazia para sempre.
Me disseram, realmente com toda a razão: - Foi melhor assim. Pelo menos foi rápido e sem sofrimento. Pior seria ele ficar sofrendo por um tempo indeterminado. Ele já era velho e cardíaco e isso poderia acontecer a qualquer momento...
Concordo... isso alivia, mas não anula o sofrimento nem a saudade...
Morte chega e arrebata. A morte não tem ética. A morte simplesmente faz o trabalho dela. E nós que aqui ficamos, perdemos um pedaço... um pedaço que vai junto com quem a inexorável morte arrebata.
E só resta então agradecer pelo tempo que estivemos juntos. Agradecer por você simplesmente ter sido quem você foi.
Obrigado, meu amigo. Obrigado por ter existido. Me perdoe por nem sempre ter te tratado como você merecia. E se a vida continua em outro plano, espero que esta seja a mais feliz do mundo pra você.

- Adeus, Joey!
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Joey
12/12/1998 - 17/08/2009
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quarta-feira, 12 de agosto de 2009

DIOGO

Covinha no queixo
Olhar perspicaz
bochecha rosada
personificada paz.

Quando sorrir nos faz "babar"
se gargalha nos faz rir até chorar
se chora nos faz cantar
e quando "fala" faz-nos todos se calar.

A cada toque uma descoberta
em cada movimento um mundo que se apresenta
e a cada gesto nossas almas acalenta.

Como é mágico o poder que ele tem
de se fazer amado mais que ninguém
sem nem mesmo saber o que é ser alguém.


Adriana Dib
(poema da titia para o sobrinho querido)

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Cavalo "humano"

Às vezes nos meus habituais delírios, fico pensando como “pensam” os animais. Especificamente nesse último final de semana fui com a família pra uma exposição agropecuária, principalmente por causa do nosso pequeno que adora cavalos. E lá não foi diferente. Pagamos uma voltinha de pônei pra ele e o moleque se divertiu a beça.
Mas quero comentar o momento em que fomos ver os cavalos de raça nas estrebarias (acho que o nome é esse mesmo). Vimos espécimes realmente muito bonitos, mas teve um que chamou a minha atenção e depois a dos outros.
O bicho olhou pra mim com um olhar muito “humano”... ôxe! Esquisito! Depois colocou a cabeça pra fora da grade num claro intento de querer “me beijar”!
Sei que os animais manifestam carinho, vide os cachorros por exemplo. Mas esse foi diferente. Só vendo pra entender. E olhando pra ele, parecia que ele pensava mesmo, que tinha “opinião”. Hummm!
Aí me veio o delírio: - O que será que esse eqüino pensa da vida que leva? De viver assim preso e exposto à visitação ou então sendo colocado em cabrestos e montado por humanos? E especificamente agora, o que ta pensando de mim, de todos que aqui vem até sua grade?
E essa atitude de querer dar um beijo... um beijo de cavalo na gente! Haha!
Nossa, pensamento e sentimentos também! Talvez eles sejam mais humanos do que a gente pensa.

Olha a foto da ilustre figura equina (se clicar na foto, ela amplia):

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