Em um insólito diálogo com minha amiga e ex-colega de trabalho Laiza, falávamos sobre relacionamentos.
- E aí, Laizita... ta ficando com alguém?
- Não, meu filho. Chega dessa história de só ficar, agora eu só quero é namorar mesmo!
- Sério? E aquele peguete que você vivia querendo que ele assumisse o namoro?
- Ele não quis assumir, então eu fiz ele sumir.
- Jogou duro, hein?! Hehehe!
- Isso aí. Chega de enrolação, de só querer ficar botando a mão. Quer ficar, então tem que assumir compromisso.
- Mas aí se você ficar sozinha por tempo indeterminado?
- Não tem problema. Estou sozinha há uns meses e estou muito bem. To mudada, Ricardinho. Agora to afim de coisas mais serias, chega de relações superficiais.
- O sujeito não insistiu mais depois?
- Este mais não, mas teve outro anterior a ele que eu encontrei numa festa e veio todo cheio de dedos pra cima de mim. Eu olhei pra ele e disse: “Ta querendo, querido? Então ou namora ou paga!”.
- Porra, você disse isso mesmo?
- Disse sim. Só quer se aproveitar sem ter compromisso, então pague.
- E se de repente o cara levasse isso à sério e quisesse pagar mesmo, como você sairia dessa?
- Sei lá... falaria um preço bem alto... diria que são uns 200 reais.
- Olhe, se isso é pra ser mesmo uma figura de retórica, é melhor você aumentar o preço, porque 200 paus tem muita gente que paga. É mais ou menos o preço comum do “mercado”.
- Como você sabe disso, safado?
- Ouvi de uns conhecidos por aí... Você sabe que eu sou um homem direito.
- Sei... rs rs rs.
- Quer dizer que você despachou mesmo todos os peguetes, né?
- Êta, quem vê você falando assim pensa que eu tenho centenas de peguetes.
- Centenas não, mas umas dezenas...
- Olhe Ricardo, vá tomar no cu!
Vixe, ficou braba. Deve ser por causa do tempo que ta sem namorar.