segunda-feira, 20 de junho de 2011

Vivendo o 'si mesmo'


Em mais uma de minhas reflexões ociosas, fiquei pela enésima vez a meditar sobre o conceito de liberdade. Sartre continua “gritando em meus ouvidos”: O homem está condenado a ser livre!

Ora, desde quando condenação pode levar à liberdade?? Olhe... deixa isso pra lá!
Pra mim, a única coisa a que estamos irrevogavelmente condenados, desde que nascemos, é à morte.
Nessa mesma linha de divagação, lembro do nosso conceito de Democracia - É o governo no qual o poder e a responsabilidade cívica são exercidos por todos os cidadãos, diretamente ou através dos seus representantes livremente eleitos.
Eu sempre ouvia na escola, nas aulas de Educação, Moral e Cívica (arg! ninguém merece) que a democracia compreendia liberdade com responsabilidade. Mas aí me surge um grande problema, não somente filosófico, mas extremamente de ordem prática: tenho me sentido preso às minhas responsabilidades. Concluo então que, pra mim, estar livre não passa nem perto de viver democraticamente.
Doravante, chutar o balde e mandar um monte de gente pra puta que pariu não seria uma atitude nada democrática.
Então seria a Anarquia o melhor modus operandi para minha pessoa? Não... ainda estaria preso a um conceito, e todo conceito tem suas regras.

Eu queria mesmo era viver eu mesmo! Fazer as coisas na hora, do jeito e da forma que eu bem entendesse. Já que eu não mato nem roubo, acho que essa forma de viver não seria perniciosa à sociedade.
Por isso crio uma frase (ou será uma lembrança de uma frase de alguém que ficou no meu subconsciente?) que talvez passe à posteridade: - O ser humano só será pleno quando viver o si mesmo!

Sem conceitos teóricos para seguir a não ser o 'si mesmo' poderemos ser o que somos e fazermos o que queremos. Mas isso parece tão utópico... Utopia, outro conceito! Que miséria!!

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Publicado originalmente em 14 de novembro de 2008, no meu antigo e extinto blog.
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