sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Incongruências

O silêncio grita em minha cabeça
O marasmo corre em meu corpo
A indiferença guia meu censo de justiça
A solidão é companheira de todas as horas

Olho a imagem no espelho e não conheço aquele rosto
Aquele corpo dantes casto, agora devassado por mãos estranhas
Pensamentos outrora ocultos, revelados a esmo pra quem queira conhecê-los
Emoções regiamente contidas, agora saltando para fora em algazarra incontrolável

O que era eu
O que me tornei
O que ainda serei
O que nunca mais voltarei a ser
Ser
Eu
Aquele
Outro
De outrora
Jamais seria outra vez

O que vem depois, então?
*

2 comentários:

Bruno Gomes disse...

O que vem depois, então?
Resp: Um Dib ainda melhor!

Rapaz, a coisa está ficando séria aqui.
Excelente catarse!

Abraços!

Anônimo disse...

Eu pensei que você fosse só filósofo!