quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Ano Novo...

E lá se vai 2010, lá vem chegando 2011.
Ano novo, vida nova? Nem sempre...
Além do mais, “nova” não quer dizer necessariamente boa. A gente espera que seja, com os nossos anseios satisfeitos, nossos projetos realizados e etc.
Pra mim é só mais um ano que se finda e outro que começa. Não tenho grandes idealismos com festas de fim de ano. Mas como tem muita gente que gosta e que cria 1000 esperanças com passagens de ano, eu tento participar dessa energia somente pra não sucumbir de vez à rabugice.
Eu pelo menos vou tentar me divertir nesse reveillon, pois já tenho nisso uma grande compensação. Divirtam-se também, caros leitores!

Então, Um Feliz Ano Novo, com muita saúde, amor, paz, dinheiro, sexo e essas parada legal toda aí que a galera curte!
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terça-feira, 30 de novembro de 2010

2 anos do Apontamentos


Hoje o Apontamentos está completando 2 anos.
São 730 dias de muita informação útil, altíssimo teor cultural e qualidade gráfica superior...

Até parece! Vai sonhando...

Mas, bom ou ruim, é aniversário de 2 anos desta birosca aqui. E vamos em frente!
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quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Teste do marshmallow

Sacanagem com os moleques!
Uma mulher deixa um marshmallow na frente das crianças e diz que se eles não comerem até ela voltar, ganhariam mais outro marshmallow. Aí ela sai da sala e deixa os moleques sozinhos com o delicioso marshmallow na frente.
Fiquei imaginando meu filho nesse teste... Será que ele passaria?
Com marshmallow eu não sei, mas se fosse um chocolate, acho que eu, enquanto criança, não agüentaria.
Vendo esse vídeo, eu senti literalmente a angústia da molecada na frente do delicioso doce, lutando para não devorá-lo. Que dura provação! rs rs!

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sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Diogo Story 3


Percebo hoje que quando temos filho, não fazemos mais só um aniversário. Quando o primeiro filho faz 1 ano, também faz 1 ano que somos pai.
Então, no último dia 9 de outubro, completaram-se 3 anos que eu comecei essa empreitada da paternidade. A mamãe começou mais cedo, pois antes disso ele já vivia dentro dela de forma bem pulsante.
Quero somente expressar em poucas linhas de toda alegria desse “meu” aniversário, mesmo que criar um filho não seja somente um exercício de constante satisfação, afinal um filho é um ser humano como outro qualquer, ainda que nós, os pais, os vejam como os seres mais especiais do mundo. E um ser humano também produz seus problemas.
Mesmo assim, a alegria prevalece. O amor ensinado, ainda que de forma indireta, por este serzinho que cresce, supera muitos obstáculos e nos mostra a necessidade de sermos felizes.

Parabéns, meu filho, por mais este terceiro ano na nossa vida!
E que venham muitos, com muita saúde e júbilos sem fim!


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quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Dia 6 de outubro

Acordei hoje pela manhã com o itinerário pronto, lembrando de tudo que tinha que fazer no dia. Logo pelas 9:20 (que se transformou em 11:00), tinha consulta médica com o filhote. Depois, deixá-lo na escola, voltar pra casa, almoçar e, por fim, corrigir umas provas, coisa que tomaria maior parte da tarde. Nada esquecido...
Aí minha companheira conjugal me admoesta:
- Não está esquecendo de nada?
- Que eu saiba, não...
- Hoje é dia 6 de outubro.
- Bem, uma data que eu não posso esquecer em outubro é o dia 9, aniversário do nosso amado filho. Mas isso é no próximo sábado, né?
- Moço! Hoje é nosso aniversário de namoro! Fazemos hoje 14 anos juntos, somando namoro, noivado e casamento.
- Vixe! É mesmo!
- Háa, lembrou agora?
- Mas 14 anos de namoro ainda se comemora? Quando é 1, 2... até uns 5 ou 6 anos, até acho comemorável. Mas, 14 anos...?
- Comemora sim! E hoje, mesmo sendo meio de semana, quero que almocemos juntos em um lugar legal. Quero comemorar, mesmo que meu desligado namorido nem se lembre da data.
- Há, você sabe que esse negócio de datas e comemorações não define o que eu sinto por ninguém. Não dar importância a isso não quer dizer que não dou importância à pessoa. Só lembro do aniversário do nosso filho porque ele ainda é criança. Mas, quando ele crescer... talvez nem lembre mais... ou não.
- Eu sei disso. Mas datas pra mim são importantes, então essa hoje é importante também.
- Será que você conviver comigo esse tempo todo é mesmo um motivo pra comemorar?
- Deixa de ser besta, homi!

Fazer o que, né...? Então, Feliz Aniversário de 14 anos pra nós!
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quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Os Flintstones, 50 anos!

Hoje o Google está homenageando o desenho animado ‘Os Flintstones’, que está fazendo 50 anos. Eu não sabia que já tinha tanto tempo de existência. Com certeza a minha infância também foi marcada pelas aventuras na cidade pré-histórica de Bedrock e com os inconfudíveis personagens Fred Flintstone, Wilma, Barney Rubble, Bete, Pedrita, Bambam, Dino e outros fortuitos.
Eu simplesmente adoro e até hoje assisto sempre que posso. Por isso, Faço essa singela homenagem aqui em meu espaço virtual.

Parabéns aos nossos queridos homens e mulheres da idade da pedra!
Yabba Dabba-Dooo!!


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quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Invenção revolucionária

Que invenção revolucionária!!
Eu quero muito ter esse aparelho! Viva o Roberts Toot-Tone!
O problema é que vão ficar reclamando que meu celular toca demais. Hahahahaha!



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quarta-feira, 22 de setembro de 2010

O pinto do padre

O vigário de um vilarejo tinha um pinto como mascote, ao qual ele era afeiçoado.
Certo dia, o pinto desapareceu e ele achou que alguém o havia roubado.
No dia seguinte, na missa, o vigário perguntou à congregação:

- Algum de vocês aqui tem um pinto?

Todos os homens se levantaram.

- Não, não... - disse o vigário - não foi isso que eu quis dizer. O que eu quero saber é se algum de vocês viu um pinto?

Todas as mulheres se levantaram...

- Não, não... - repetiu o vigário - O que eu quero dizer é se algum de vocês viu um pinto que não lhes pertence.

Metade das mulheres se levantou.

- Não, não... - disse o vigário novamente muito atrapalhado.
- Talvez eu possa formular melhor a pergunta: O que eu quero saber é se algum de vocês viu o meu pinto?

Todas as freiras se levantaram.

- Esqueçam, esqueçam... vamos continuar a missa!
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sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Pimenta

Eu ouvi esta história “apimentada” da boca de um sujeito sem-vergonha chamado Bonfim, que garantiu ser uma história real. Aliás, em toda festa de família ele aparece com uma dessas e a gente se diverte pra caramba. Então, aqui vai a transcrição. Apenas vou trocar os nomes originais.

Havia um sujeito conhecido como Geraldão que era casado com uma mulher chamada Cidália. Depois de muito tempo de casamento, eles acabam se separando. A coincidência é que ele acaba arranjando uma namorada com o mesmo nome da esposa.
Um dia, Cidália(esposa) muito injuriada por te sido trocada, vai ao encontro de Cidália(namorada) e lhe aplica uma coça. E não satisfeita, ainda pega uma pimenta, mas uma pimenta daquelas brabas mesmo, que arde pra cacete, e perversamente introduz na vagina da coitada.
Como eles moravam numa cidade pequena, a notícia do acontecido se espalhou rápido, causando aquele rebuliço.
Noutro dia, Geraldão estava tomando umas num bar e o dono do estabelecimento se aproximou dele e falou:

- Ô Geraldão, então Cidália tacou pimenta na piriquita de Cidália, foi?
- Mas e num foi, rapaz...
- E aí, como é que ficou?
- Homi... se a coisa pura já é boa, imagine com pimenta!!

Vixe! Será que alguém tem coragem de experimentar? Hehehe!
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quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Sono de manhã 2

A foto ao lado foi tirada (sem a minha permissão) por volta das 6 da manhã. Por que será que ela mostra um pai e um filho tão apagadinhos? Afinal não deveríamos estar bem dispostos depois de uma noite sono?
Bem... houve a noite, porém não de um bom sono.
Diogo sofre de crises alérgicas desde os 5 meses. Já faz um bom tempo que elas não acontecem sempre, mas de vez em quando ainda dão o ar da graça. E quando isso acontece, filhote não dorme direito e, conseqüentemente, papai e mamãe também não.
Nem posso ficar reclamando, pois essa alergia é uma herança macraba do papai aqui. Só que eu consigo contornar a dita cuja e não sofrer tanto a ponto de perder meu sagrado sono. Porém, isso é quase impossível pra um menino de 2 anos e 10 meses.
Então se seguiu a noite com ele tossindo muito, engasgando com a secreção, sufocando (vixe!) e em certo momento chegando a chorar de desespero. Então, foi uma noite difícil...

Eu gostaria de saber se não tem uma forma de parar esse ciclo alérgico infernal. Só porque o negócio é genético tem que ficar passando de pai pra filho pela eternidade? Quer dizer que meus netos, bisnetos e etc serão assim também?? A ciência já tão avançada tem que dar um jeito nisso! Precisamos de um freio genético!

De manhã a mamãe já exausta, entrega o moleque nos braços do papai que não resiste e senta no sofá, tendo como conseqüência o duplo apagão da imagem. Nesse momento nós dois conseguimos algum descanso. A mamãe exaurida pela noite mal dormida, ainda teve disposição pra pegar a câmara fotográfica e gravar esse momento.

A seguir uma foto similar tirada no dia em que chegamos da maternidade com o moleque, que contava com apenas 3 dias de nascido, em 12 de outubro de 2007 (direto do túnel do tempo...).

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segunda-feira, 19 de julho de 2010

Sono de manhã...

Estava eu remexendo em alguns arquivos no meu computador e achei um texto que publiquei em 02 de outubro de 2008, no meu antigo e extinto blog, quando meu filhote ainda não tinha completado 1 ano. Então, num arroubo de nostalgia, resolvi republicar aqui. Segue aí o texto, com a foto original da primeira postagem.
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“Debaixo do meu cobertor de lã
Eu faço samba e amor até mais tarde
E tenho muito sono de manhã.”

Galera, a última frase desse trecho da música “Samba e Amor” de Chico Buarque tem tudo a ver comigo. Queria muito que a segunda tivesse também. Mas, infelizmente não tem... Primeiro, porque não sei fazer samba e segundo, bem que eu queria fazer amor até mais tarde, a noite toda, todos os dias, porém essa não é a realidade...
Também não durmo com cobertor de lã, afinal aqui em Salvador não faz esse frio todo. Mas, todo dia, sentir “muito sono de manhã” é ipsi literis a minha realidade. Também com um molequinho de quase onze meses em casa, que acorda no meio da noite reivindicando a sua mamadeira que lhe é de direito, acordando cedo mesmo nos finais de semana e nos acordando (eu e a mãe), como poderia ser diferente? Isso faz eu me perguntar desesperadamente: - Quando é que vou acordar mais tarde nos sábados e domingos como antigamente??
Doravante nos dando uma canseira danada o dia inteiro, principalmente nesse momento em que está engatinhando e aprendendo a andar, querendo mexer em tudo e ir para todo o lugar, principalmente para os lugares que não devem.

Agora eu me pergunto: - Se eu pudesse voltar atrás faria diferente e não produziria essa “maquininha”?
Resposta: - NEM PENSAR!!

Com canseira e tudo, só de pensar na minha vida sem essa usina superelétrica já sinto um vazio que prefiro nem descrever.

Esse paizão exausto te ama muito, filhão! Mas, pega um pouquinho mais leve...!
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quarta-feira, 7 de julho de 2010

Mosquito feladaputa!

Começo com uma pergunta:
- Quem é que te deixa quente e te leva pra cama?

Não é nada disso que tu ta pensando. A resposta é a Dengue!

Saudações dengosas, amigos da Blogosfera.
Pois é... a tão temida, tão combatida em campanhas do Ministério da Saúde, tão dolorida... dengue, me pegou. Me deixou quente, me levou pra cama, mas, prazer foi tudo o que eu não tive.
A não ser que eu fosse masoquista e gostasse de dores atrozes pelo corpo, dores de cabeça que parece que vai estourar, febre alta com direito a tremores de frio e outras variadas sensações de mal-estar.
E eu não fui o único contemplado. Minha querida companheira conjugal também acometeu-se da tal enfermidade nefanda.
Que felicidade, né?!

Tudo isso por causa de uma peste dum mosquitinho! Uma picadinha de nada e derruba um corpo inteiro, graças ao fato dessa picadinha transmitir um vírus que causa esse estrago todo.
Galera, enquanto não tem a vacina, o jeito é combater essa peste desse mosquito. E eu não vou repetir como, porque eu acho que ta todo mundo careca de saber. Se não sabe ainda, vai na página do Ministério da Saúde e se informe. É importante!
No mais, já que não dá pra acabar com a raça de mosquito agora mesmo, então vou destruí-lo moralmente aqui nesse espaço. Pelo menos alivia psicologicamente...

Aedes Aegypti, bicho de nome esquisito, mosquito feladaputa, reles, abjeto, vil, desgraçado, corno, viado! Vai picar a tua mãe, que deve ser ainda pior do que você! Morte sem piedade pra toda a sua espécie. Nunca mais volte pra minha vida, nem da minha família, seu filho do capeta!

Ainda estou doente, mas já melhorei o suficiente pra esbravejar. Tenho dito!
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segunda-feira, 21 de junho de 2010

Gáudio

Então é Copa do Mundo!
O Brasil ganhando até agora; todo mundo feliz, mesmo que ainda criticando a seleção, sobretudo o Dunga; galera reunida pra assistir os jogos e etc. Uma maraviiiilha!!

Eu realmente estou o que se pode chamar de feliz, neste momento. Mas não é por causa da copa não... rs rs!

Estou num momento feliz, porque:
- Algumas coisas estão dando certo;
- As coisas que não estavam dando certo, agora não estão tendo mais importância (ou ganharam pouca importância);
- Gosto do período junino;
- Meu filho, além de saudável, está cada vez mais sagaz e engraçado;
- Minha mulher continua me agüentando;
- Apesar de tudo, os espíritos do bem não desistem de mim (haja persistência, viu?);
- Continuo sem-vergonha e safado, mas tem muita gente que gosta de mim mesmo assim.

Só ta faltando ficar cheio de dinheiro. Alias, cheio não... dá muito trabalho pra administrar. O bastante seria o melhor. Porém o conceito de “o bastante” geralmente varia de pessoa pra pessoa... mas deixa isso pra lá.

Bom feriado junino a todos!
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sexta-feira, 4 de junho de 2010

B.U.C.E.T.A.

O título parece um nome chulo. De início seria mesmo, mas depois que um professor de matemática que eu tive na 8ª série reinterpretou esse vernáculo, a coisa mudou de foco.
Quando eu estava na referida 8ª série, em mil novecentos e... me esqueci, a sala de aula era pequena e carpetada. A minha turma era a menor da escola, por isso ficávamos num semi-cubículo com o chão forrado com um carpete vermelho-vinho. Arg! Mais brega, impossível. Mas também eram anos 80...
Naquela salinha, na ausência de professores, a bagunça era geral. Conseguíamos, mesmo sendo a menor turma escola, sermos a que mais fazia barulho.
Um dia eu percebi que se escrevesse com giz no carpete, era difícil apagar depois. Então, logo que cheguei pela manhã, num átimo de rebeldia juvenil (não sei porque eu era assim... rs), escrevi no carpete, próximo ao quadro e em letra de forma a seguinte palavra dita de baixo calão: BUCETA. Eu escrevia com U mesmo, apesar de já ter ouvido que o certo seria com O, ou seja, bOceta. Mas não interessa. Até hoje eu acho com U mais bonito. Hehe!
Logo depois entra o professor de matemática e começa a aula. Esse professor era uma figuraça! Um alagoano de sotaque arretado, que não fazia força nenhuma pra difasçá-lo. Ele era tão legal que me fez até gostar um pouco das aulas da famigerada matéria matemática, que eu sempre tive ojeriza. No final da aula, um aluno chama a atenção dele e diz, dando um risinho sem-vergonha:
- Professor, olhe o que escreveram aqui no chão...

Ele parou e ficou lendo a palavra por um tempo como se tivesse fazendo uma análise científica. Então disse, conclusivo:
- Brasileiros Unidos Constroem Estrada Trans-Amazônica!

Foi uma risada geral. Ele transformou a coisa em uma sigla: B.U.C.E.T.A.
Poderia ter dado sermão na turma, feito discursos moralistas e etc. Mas, em vez disso transformou a coisa em algo criativo. E até hoje, quando me deparo de alguma forma com o referido “palavrão”, associo mais à improvisada sigla do que ao baixo calão ou mesmo à ilustre perseguida feminina.
E que sigla mais encantadora!
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segunda-feira, 24 de maio de 2010

Vivos e mortos

Essa crônica não é exatamente minha. É baseada numa já existente, que eu desconheço o autor e também quando ela foi escrita. Esta é, pois, uma releitura de acordo com as minhas impressões pessoais dos fatos descritos na referida crônica. Pois bem...

Imagine ter que passar de noite em frente de um cemitério, estando o lugar totalmente deserto... será que alguém sentiria medo?
Eu sentiria... medo de ser assaltado!
A nossa situação anda tão periclitante, que não há mais espaço pra medo de alma penada.
Mas, em cidades pequenas de interior, sobretudo as mais afastadas da capital, de vida mais provinciana, aonde a violência urbana ainda não chegou, pelo menos de forma alarmante, é onde ainda se conservam com mais intensidade o medo de “coisas do outro mundo”. Ou seja, o indivíduo não tem do que ter medo, aí “inventa” coisas pra ter medo. Daí aparece um séquito de coisas: fantasmas, lobisomens, mula-sem-cabeça, caiporas, mulher de branco... e etc.

Dona Maroca, que morava numa pequena cidade do interior da Bahia, está caminhando de volta pra casa já altas horas da noite e se vê na iminência de passar em frente ao cemitério municipal da cidade e a rua está completamente deserta. O muro do cemitério é bem comprido, com um grande portão de ferro no meio. Dona Maroca pára, muito temerosa de passar por ali sozinha e se deparar com uma alma penada.
Eu fico aqui pensando que como seria bom se nós tivéssemos somente medo de alma penada. Nada de assaltantes, estupradores, seqüestradores e afins. Seria tão bom! A vida seria muito mais tranqüila. Dona Maroca não tem consciência do quanto ela é feliz.
Mas voltando à história, dona Maroca congela de medo e não consegue seguir adiante. Nesse momento passa por ela um senhor muito distinto, bem vestido e aparentemente muito educado. Então ela se dirige a ele:
- Por favor, meu senhor... eu tenho um medo danado de passar sozinha em frente ao cemitério de noite. Eu poderia acompanhar o senhor?
- Pois não. – responde ele sorrindo – podemos passar juntos.

Passaram juntos no caminho, e, ao final, dona Maroca diz ao educado estranho:
- Muito obrigado pela companhia. Eu tenho um medo danado de alma penada.
- Pois é... – responde ele. – Quando eu era vivo, eu também tinha.

E evaporou-se no ar...

O que aconteceu com dona Maroca depois de acordar do longo desmaio, eu não sei. Mas com certeza ela não passa mais em frente a nenhum cemitério.

Baseado num conto retirado do livro “Quem tem medo dos Espíritos?”,
de Richard Simonetti.
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